terça-feira, 26 de julho de 2011

Praia de Fortaleza

Praia dos Diários na segunda metade dos anos 60


Outro grave problema continuava sendo o abastecimento de água. Além do parco atendimento, limitado à área central e imediações, a água salobra levava os moradores, que não dispunham de recursos para construir cisternas, a recorrer às carroças d’água que percorriam os bairros, vendendo água de melhor qualidade.

A trecho da orla marítima hoje chamada de Praia do Meireles era, até o início da década de 1960, um local com algumas casas de veraneio, muitas casas de pescadores e vários estabelecimentos que exploravam o lenocínio e a prostituição. A construção da Avenida Beira Mar pelo prefeito Cordeiro Neto, no início dos anos 60, expulsaria os pescadores para o alto das dunas e para a Rua Manoel Jesuíno, na Varjota, e a zona de prostituição para a área do Farol do Mucuripe (Serviluz). A partir de então, a especulação imobiliária descobre a Beira Mar.

Foi somente a partir da segunda metade dos anos sessenta que o litoral leste de Fortaleza, mais especificamente a Avenida Beira-Mar, iniciou um processo meteórico de valorização imobiliária que culminaria na sua completa ocupação com os modernos prédios que hoje desenham a silhueta da cidade desde a Praia de Iracema até o Mucuripe.


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