Em 1913, por iniciativa da Associação dos Jornalistas Cearenses, foi inaugurada na praça Caio Prado (Praça da Sé) uma estátua de D. Pedro II. O monumento, fundido em bronze em Paris, por H. Gonot, foi uma criação do artista Auguste Maillard. A Praça é provavelmente a mais antiga da cidade e está localizada em frente à Catedral Motropolitana, entre as ruas Castro e Silva e Doutor João Moreira.
Antiga Praça do Conselho, passou a chamar-se Praça do Largo da Matriz em 1854. Em 1861, o novo nome seria Praça da Sé. A denominação durou por todo o Império. Em 1889 o nome passou a ser Praça Caio Prado. (Foto de 1915)
O sistema de transporte urbano – o bonde elétrico – foi posto em uso em 11 de dezembro de 1913, sendo que os velhos bondes, de tração animal, continuariam a frequentar a paisagem da cidade durante mais alguns anos. Os primeiros automóveis circularam na cidade em 1910 e a Praça do Ferreira era ponto de estacionamento de bondes e de carros de aluguel, concentrando intenso movimento. É a época da fundação do Centro Médico (1913), e da Faculdade de Farmácia e Odontologia (1916). É também nesse período que surge a Escola de Agronomia (1918) e o Colégio Militar do Ceará (1919).
Na observação de Sebastião Rogério Ponte, “a multiplicação de bondes (eletrificados em 1913) e de automóveis (a partir de 1910) requereu maior extensão do serviço de calçamento, redimensionamento de praças e novo comportamento no trânsito de pedestres. Como em outras cidades brasileiras, exigia-se que os passageiros estivessem vestidos com decência: paletó, gravata e sapatos. Segundo depoimentos de pessoas que viveram na cidade a partir do século XX, grande parte da população, excetuando os muito pobres, usava cotidianamente paletó (alguns de camisa inglesa ou linho e muitos de tecidos mais rústicos), o que é verificável através das fotografias da época”.
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