quarta-feira, 27 de julho de 2011

Praça Caio Prado

Fortaleza continuou a desenvolver-se econômica e politicamente, ao contrário do resto do estado. Ocorre nas primeiras décadas do século XX um afluxo de imigrantes, embora pequeno em relação ao de outras regiões, consistindo principalmente de portugueses e sírio-libaneses. Os descendentes destes, em particular, ganharam grande destaque no comércio, como mascates, e, futuramente, na política cearenses.

Em 1913, por iniciativa da Associação dos Jornalistas Cearenses, foi inaugurada na praça Caio Prado (Praça da Sé) uma estátua de D. Pedro II. O monumento, fundido em bronze em Paris, por H. Gonot, foi uma criação do artista Auguste Maillard. A Praça é provavelmente a mais antiga da cidade e está localizada em frente à Catedral Motropolitana, entre as ruas Castro e Silva e Doutor João Moreira.

 Antiga Praça do Conselho, passou a chamar-se Praça do Largo da Matriz em 1854. Em 1861, o novo nome seria Praça da Sé. A denominação durou por todo o Império. Em 1889 o nome passou a ser Praça Caio Prado. (Foto de 1915)

O sistema de transporte urbano – o bonde elétrico – foi posto em uso em 11 de dezembro de 1913, sendo que os velhos bondes, de tração animal, continuariam a frequentar a paisagem da cidade durante mais alguns anos. Os primeiros automóveis circularam na cidade em 1910 e a Praça do Ferreira era ponto de estacionamento de bondes e de carros de aluguel, concentrando intenso movimento. É a época da fundação do Centro Médico (1913), e da Faculdade de Farmácia e Odontologia (1916). É também nesse período que surge a Escola de Agronomia (1918) e o Colégio Militar do Ceará (1919).

Na observação de Sebastião Rogério Ponte, “a multiplicação de bondes (eletrificados em 1913) e de automóveis (a partir de 1910) requereu maior extensão do serviço de calçamento, redimensionamento de praças e novo comportamento no trânsito de pedestres. Como em outras cidades brasileiras, exigia-se que os passageiros estivessem vestidos com decência: paletó, gravata e sapatos. Segundo depoimentos de pessoas que viveram na cidade a partir do século XX, grande parte da população, excetuando os muito pobres, usava cotidianamente paletó (alguns de camisa inglesa ou linho e muitos de tecidos mais rústicos), o que é verificável através das fotografias da época”. 

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