terça-feira, 26 de julho de 2011

Crescimento, euforia e caos

À medida que Fortaleza crescia em espaço físico e demográfico – eram 240.000 habitantes em 1952 – não havia por parte dos poderes públicos, planejamento para que a cidade e seus moradores acompanhassem o desenvolvimento.

Mesmo nas áreas consideradas nobres da cidade, não havia infraestrutura urbana adequada e todos os serviços (transporte, água, recolhimento de lixo) eram insuficientes. E na periferia não poderia ser melhor. Além da inexistência de serviços básicos, não havia farmácias, lojas ou mercados e nem telefone público. Até a década de 1950, se formaram as favelas Pirambu, Mucuripe, Cercado do Zé Padre, Lagamar, Morro do Ouro, Varjota, Meireles, Papoquinho e Estrada do Ferro. A população carente também ocupava o Morro do Moinho, o bairro do Seminário, do São João do Tauape, o do Alto da Balança e Cajazeiras.


Vista aérea de Fortaleza em 1956

A periferização da cidade na forma de núcleos de favelas é a mais contundente prova de que a «bela e moderna capital» não era suficiente para todos, ou não possuía condições de abrigar tantos cearenses.

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