segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lampião 1936


A CASA DE MARIA - Maria Bonita - Lampião




LAMPIÃO E MARIA BONITA (MINI-FILME)




LAMPEÃO REI DO CANGAÇO, IMAGENS REAIS




A História do Rei do Cangaço






Virgulino Ferreira da Silva





Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião (Serra Talhada, 4 de Julho de 1898  Poço Redondo,28 de Julho de 1938), foi um Cangaceiro Brasileiro.
Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava dando a aparência de um lampião





Vida de Lampião


As cabeças dos cangaçeiros incluindo Lampião e Maria Bonita
Virgulino nasceu em 4 de junho de 1898 na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semi-árido do estado de Pernambuco e foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes. O seu nascimento, porém, só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região agreste e pobre onde ele morava.
Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem extremamente violento. Ele se tornou um criminoso e foi incessantemente perseguido pela polícia, a quem ele chamava de macacos.
Durante os 19 anos seguintes, ele viajou com seu bando de cangaceiros, nunca mais de 50 homens, todos com cavalos e fortemente armados usando roupas de couro como chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da caatinga. Suas armas eram, em sua maioria, roubadas da polícia e unidades paramilitares como a espingarda Mauser militar e uma grande variedade de armas pequenas como rifles Winchester, revolveres e pistolas Mauser semi-automáticas.
Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques.
Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestiam-se como cangaceiros e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira[2], além de outros dois natimortos.


A morte de Lampião e seu bando

No dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar café; quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais.
Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, o bando foi pego totalmente desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.
O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as joias.
A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois também tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luis Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete (2) e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a; este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.
Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.
Percorrendo os estados nordestinos, o coronel João Bezerra exibia as cabeças - já em adiantado estado de decomposição - por onde passava, atraindo uma multidão de pessoas. Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da igreja, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas. Depois, foram levadas a Maceió e ao sul do Brasil.
No IML de Aracaju, as cabeças foram observadas pelo médico Dr. Carlos Menezes. Depois de medidas, pesadas e examinadas, os criminalistas mudaram a teoria de que um homem bom não viraria um cangaceiro, e que este deveria ter características sui generis. Ao contrário do que pensavam, as cabeças não apresentaram qualquer sinal de degenerescência física, anomalias ou displasias, tendo sido classificados, pura e simplesmente, como normais.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fotos retratando a História

Exposições de fotos antigas retratam história de Aracati

Jornal "o sol" está na exposição fotográfica realizada pelo Museu Jaguaribano, em Aracati. O periódico resgata os aspectos históricos da época por intermédio de notícias antigas
Aracati A fotografia é, mais que um recorte do tempo, uma representação da história. No século XX, fotógrafos responsáveis pela reprodução oficial de imagens de eventos da sociedade foram, também, reprodutores da memória do Aracati Antigo. Na viagem iconográfica pelo tempo, um século de imagens.

Os fatos, um dia enquadrados nas câmeras de exímios retratistas, estão expostos no Museu Jaguaribano de Aracati até o final do mês. Também acontece exposição de jornais antigos produzidos na cidade, que já foi o local mais importante no Ceará na época do período colonial.

No ano de 1940, enquanto o mundo iniciava um processo de tensão, pela aproximação do que se reconheceu na Segunda Guerra Mundial, a União Operária Santa Tereza, formada por empregados da fábrica de tecidos Santa Tereza, em Aracati, conduzia seu estandarte pelas ruas da cidade e parava na frente do sobrado do Coronel Alexandre Matos Costa Lima, o "Coronel Alexanzito", que hoje dá o nome oficial ao que se popularizou Rua Grande, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan), em 2000.

O momento era sonorizado pela Banda de Música Euterpe Operária, regida pelo maestro João Gomes que, por vários anos, ensinou jovens e adultos aracatienses a lerem partituras musicais e tocarem afinadamente os instrumentos.

O salão de eventos do Museu Jaguaribano abriga três exposições distintas: a XXVI Exposição de Fotografias de Aracati Antigo (com destaque para o patrimônio arquitetônico), a XXV Exposição de Jornais Antigos de Aracati e outras e regiões, e a XXII Exposição de Livros raros, papéis e documentos antigos. A curadoria do salão é de José Correia, com assessoria do artista plástico Hélio Santos.

Fotografia



Na Exposição Fotográfica do Aracati Antigo, a distância entre um momento e outro da história é medida em apenas um passo de qualquer atento curioso do tempo, acompanhando com os olhos os painéis em que estão distribuídas 56 fotos de pelo menos nove décadas do século que passou.

Nos olhares entre o ontem e o hoje, as mudanças na arquitetura local, e as diversas funcionalidades de cada estrutura predial, muitas delas divididas em mais pavimentos, originando casas, pontos comerciais ou instituições públicas.

Uma das fotografias mais antigas data de 1901, do prédio em que funcionava a União Industrial Têxtil do Ceará, fundada em 1893. Atualmente, está dividida em diversos pavimentos com distintas finalidades.

Há 26 anos o Museu Jaguaribano realiza a exposição fotográfica. Em cada ano, a possibilidade de incrementar o arquivo iconográfico, mediante a cortesia de memorialistas e familiares de retratistas que, durante anos, faziam um recorte dos principais eventos sociais - sejam as marchas cívicas, casamentos, orações nas residências, visitas de pessoas ilustres ou mesmo um retrato da vida cotidiana, protagonizada pelas pessoas simples, sem títulos de nobreza mas com várias histórias para contar.

E ainda que não tenham podido tocar, os garotos aparentando 12 ou 13 anos, têm o que dizer, apenas porque brincavam livremente pelo Jardim Dr. Leite, reformado em 1932 na gestão do prefeito Perilo Teixeira, retirando-se as grades que "protegiam" o local, ou melhor, indiretamente representavam uma cerca social.

Produção

A maior parte das fotografias em exposição foi produzida pelo fotógrafo Abílio Monteiro, um dos mais conhecidos do Interior do Ceará, na época.

Por mais de meio século, registrou os momentos sociais da cidade de Aracati, dinâmica comercialmente com o seu porto, por onde entravam e saiam os insumos consumidos em todo o Estado, representado pelo período das charqueadas.

A exposição acontece sempre no mês de julho, e pode ser conferida por turistas e pelos cidadãos jaguaribanos afins de regressão histórica. E para melhorar a qualidade do material exposto, todo ele está em cuidadoso processo de digitalização e reprodução, pelo fotógrafo Gentil Barreira, material a ser conferido nos próximos anos.

PATRIMÔNIO
Local preserva acervo cearense
Prédio tombado serve para exposição de fotografias e jornais. História começa na preservação
Aracati O prédio que guarda a história é, ele próprio, um símbolo vivo de mais de um século de memória de uma das cidades mais importantes do Ceará. O sobrado onde se instalou o Museu Jaguaribano é uma das mais importantes construções da Rua Cel. Alexanzito, antiga Rua do Comércio, mas, ainda hoje, chamada de Rua Grande. A casa tem mais de 200 anos.

Para o professor José Liberal de Castro, em publicação da UFC de 1977, seria "talvez a de mais imponente implantação urbana do Ceará". O local foi residência, colégio, clube e hotel até ser museu, em 15 de novembro de 1968, há 41 anos. O tombamento pelo Iphan deu-se em 2000. A reforma, com restauração das pinturas mais antigas das paredes internas do prédio, foi concluída no ano passado.

Foi o prédio do Museu Jaguaribano, antes de tudo, a casa do José Pereira da Graça, conhecido como Barão de Aracati (1812-1889), um aristocrata que foi juiz, desembargador, deputado três vezes pela província do Ceará, ministro do Supremo Tribunal de Justiça e vice-governador da província do Maranhão. O prédio conta com quatro pavimentos.

Sua fachada principal é composta por azulejos portugueses estampilhados e as paredes de seus salões decoradas com pinturas artísticas. A alvenaria original foi recuperada e mantida, revelando o requinte artesanal de peças como a escada-caracol logo no primeiro pavimento.

Dentro do projeto de restauração do museu, e seguindo a temática de cada andar, o primeiro piso tem instrumentos referenciais dos ciclos econômicos, com máquina de tear e o carro de boi; no segundo piso ficam os móveis da Era Colonial; o terceiro piso abriga obras sacras, como imagens de santos, telas de pintura; e o quarto piso serve de ateliê, espaço para oficinas de artes variadas.

O dinamismo não era somente econômico na Aracati dos séculos XIX e XX. O meio cultural era efervescente, como revelam os jornais da época, que se difundiam como uma voz poderosa.

O Museu Jaguaribano ainda abriga a XXV Exposição de Jornais Antigos de Aracati e outras e regiões. Em tempo: Aracati possuiu um dos primeiros jornais do Interior, o Clarim da Liberdade, fundado em 1831.

Na edição 23, do jornal Tribuna do Povo, de 5 de novembro de 1870, redigido por Júlio César da Fonseca Filho, tendo Francisco Soares Monteiro como editor, clamava em sua primeira página: "arroje os canhões da imprensa suas lavas de luz contra as instituições oligárquicas plantadas no solo virgem de Colombo! Seja cada jornal uma cidadella, cada typo um projectil; E que retombando no largo espaço americano os echos de suas espantosas detonações, dilate-se até proporções horríveis e desperte os seus dilectos filhos que jazem sob a loucura de um sonho algido e pesado".

 


 

Praça Dr. Leite

 Jardim Dr. Leite


 

Igreja do Rosário dos Pretos

Igreja do Rosário dos Pretos, construída por escravos. Na enchente de 1974 a igreja sofreu grandes danos em razão de ali terem sido abrigadas inúmeras familias vítimas dos alagamentos. Voltou a funcionar em 1982, totalmente recuperada.  



O crescimento de Aracati foi exteriorizado na sua arquitetura e no destaque social de seus habitantes. Era o pulmão da economia cearense e chegou a ser cogitada para sediar a administração da capitania. O progresso de Aracati e os interesses das autoridades portuguesas – conferir poder aos homens mais ricos do lugar, viabilizando através deles o controle sobre a população, o comércio e a captação de tributos, elevaram o povoado à categoria de vila em 10 de fevereiro de 1748, com a denominação de Vila Santa Cruz de
Aracati.







Igreja do Bonfim

A Igreja do Bonfim foi edificada em 1772. As duas torres foram construídas em 1854. Anexo à igreja, existe um cemitério localizado atrás do corpo da nave.








Antigos casarões

Aracati desenvolve-se bastante neste período, tornando-se já na metade do século XVIII o principal núcleo urbano do Ceará. Esse crescimento não se deu apenas em virtude do charque, mas também por causa da função de entreposto comercial que a localidade desempenhava como porta de entrada de produtos vindos de Pernambuco e de Portugal,  bem como ponto de exportação dos gêneros produzidos no vale do Jaguaribe. 


 Biblioteca Pública

 e outros casarões muito bem conservados

  



A História de Aracati

Aracati é um município histórico do Estado do Ceará localizado na região de Jaguaribe, fazendo fronteira com o Estado do Rio Grande do Norte. É um dos municípios mais importantes do Estado graças ao seu rico patrimônio arquitetônico, declarado no ano de 2000 Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Um dos seus monumentos mais importantes é a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Como principal atrativo turístico destaca-se seu extenso litoral repleto de belas praias consideradas das melhores de todo o Estado. Como uma das mais importantes destacamos a paradisíaca praia de Canoa Quebrada, situada na famosa Vila de Canoa Quebrada, conhecida por sua boa infra-estrutura hoteleira e de lazer e sua animada vida noturna com um grande número de bares e restaurantes.


HISTORIA ARACATI


As origens da conquista destas terras por parte dos portugueses remonta-se ao século XVII, no início deste século construiu-se ao seu redor O Forte de São Lourenço, iniciando-se assim sua colonização. Antigamente toda a zona era habitada por tribos indígenas.

A meados do século XVII, no ano 1650, o conhecido navegante português Francisco Ayres da Cunha, encalhou na Costa do município, batizando o lugar como Canoa Quebrada e dando origem a um dos principais atrativos turísticos, a Vila de Canoa Quebrada.

No século XVIII a população de Aracati era conhecida como São José do Porto dos Barcos, e seu porto era o principal ponto de entrada dos colonos e das grandes embarcações utilizadas para o transporte e exportação de seus produtos.

Devido a importância de seu porto em poucos anos converteu-se no centro comercial mais importante da Capitania. No ano de 1748 foi elevada à categoria de Vila e era conhecida como Vila de Santa Cruz do Porto dos Barcos do Jaguaribe. Foi em esta época quando construíram alguns de seus monumentos mais importantes, declarados no ano de 2000 Patrimônio Histórico Artístico Nacional

O século XVIII foi um momento de grande esplendor para a população e a Vila era mais conhecida que a sua capital, Fortaleza, até a construção do Porto de Fortaleza, que desviou grande parte do comércio iniciando-se um pequeno período de crise. No ano de 1842, uma vez superada a crise, foi elevada a categoria de cidade, mas nunca recuperou sua antiga importância.

Atualmente Aracati é um dos destinos turísticos mais importantes de todo o Estado do Ceará, famoso em todo o mundo por contar com uma das praias mais belas do Brasil, a praia de Canoa Quebrada, considerada um verdadeiro paraíso natural. Localiza-se na famosa Vila de Canoa Quebrada, e está rodeada de falésias e extensas dunas de areia avermelhada. É o principal símbolo do município e atrai todos os anos um grande número de turistas.

PASSEIO TURISTICO ARACATI


Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário é o monumento mais importante do município de Aracati e um dos templos mais ricos de toda a região. Sua construção iniciou-se no século XVIII, sobre os restos da antiga capela, e não se finalizou até a segunda metade do século XIX. No ano de 2000 foi declarada Patrimônio Histórico Artístico Nacional.


Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres A Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres foi mandada construir a meados do século XIX pela Irmandade de Nossa Senhora dos Prazeres dos Homens Pardos Livres.


Igreja Nosso Senhor do Bonfim A Igreja Nosso Senhor do Bonfim foi inaugurada no ano de 1774 e em seu interior guarda-se os restos do famoso escritor Adolfo Caminha e alguns de seus descendentes.


Capela dos Navegantes - Nicho dos Navegantes A Capela dos Navegantes, conhecida popularmente como Nicho dos Navegantes, localiza-se próximo a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Foi a primeira capela a ser construída no município de Aracati.


Museu Jaguaribano O Museu Jaguaribano encontra-se instalado no interior de um edifício do século XIX propriedade do Barão de Aracati, na rua Coronel Alexandrino, centro da cidade. Guarda em seu interior interessantes coleções de objetos históricos e religiosos, além de numerosos documentos, jornais antigos e fotografias. Foi inaugurado no ano de 1968.


Mercado Central O Mercado Central de Aracati foi declarado no ano de 2000 Patrimônio Histórico Artístico Nacional


Casa da Câmara e Cadeia A Casa da Câmara e Cadeia é um dos edifícios mais antigos do Estado do Ceará. Foi construído no século XVIII e foi declarado Patrimônio Histórico Artístico Nacional no ano de 2000.


Monumento a D. Luiz O Monumento a D. Luis localiza-se na Rua Conselheiro Liberato


Cruz das Almas A Cruz das Almas é um monumento construído em homenagem aos escravos. Localiza-se na entrada sul da cidade.


Rio Jaguaribe O Rio Jaguaribe nasce na Serra da Joaninha, no centro do Estado de Aracati, e desemboca na Praia do Cumbe. É considerado um dos rios mais secos do país, nas épocas da seca surgem na sua desembocadura ilhas e praias fluviais que com a chegada das chuvas transformam-se de novo em uma bela bacia hidrográfica.


Ponte Juscelino Kubistschek A Ponte Juscelino Kubistchek é o portal de entrada da cidade de Aracati. Tem uma extensão de 450 metros e é utilizada para salvar o Rio Jaguaribe.


Vila de Canoa Quebrada A Vila de Canoa Quebrada é um dos pontos turísticos mais importantes de todo o município de Aracati, famosa por sua excelente infra-estrutura hoteleira, de lazer e serviços, e lugar onde localiza-se uma das praias mais importantes, a Praia de Canoa Quebrada. É conhecida por seus numerosos bares, restaurantes e lugares de animado ambiente noturno, e um dos seus principais pontos de encontro é a Rua principal, apelidada popularmente como 'Broadway'.


Povoado dos Esteves O Povoado de Esteves é um povoado primitivo, anterior a Vila de Canoa Quebrada. Está localizado próximo a Praia de Canoa Quebrada.


Porto Canoa Porto Canoa é a primeira cidade turística do Brasil. Localiza-se no interior da Área de Preservação Ambiental da Praia de Canoa Quebrada e destaca-se por sua excelente infra-estrutura hoteleira e de lazer.


Ponta Grossa Ponta Grossa é o ponto final de uma das típicas atrações turísticas do município, as rotas em buggies pelas dunas e alcantilados que se distribui por toda sua costa. É um lugar fascinante e desde suas proximidades divisa-se a Vila de Canoa Quebrada e umas espetaculares vistas do Oceano Atlântico.

PRAIAS ARACATI


Playas No litoral de Aracati estão localizadas algumas das praias mais belas de todo o município. Caracterizam-se por suas areias finas e brancas, águas cristalinas de cor azul intenso e a grande maioria protegidas por famosas formações de falésias, pequenos alcantilados que caracterizam-se pela cor avermelhada de suas terras. Uma das mais conhecidas e símbolo natural do município é a praia de Canoa Quebrada, famosa em todo o mundo pela beleza de suas dunas avermelhadas, desde onde observam-se uns fantásticos pôr do sol.


Praia do Cumbe


Praia de Canoa Quebrada


Praia dos Esteves


Praia de Porto Canoa


Praia de Majorlândia


Praia da Quixaba


Praia da Tapera


Praia da Lagoa do Mato


Praia da Fontainha


Praia do Retirinho





Cruz das Almas

Segundo a tradição o monumento está edificado no local onde foram enforcados os primeiros escravos condenados a morte. Os registros históricos não mencionam a data de sua construção, sabendo-se apenas que é muito antigo.

Igreja de Nossa senhora dos Prazeres

A Igreja de Nossa senhora dos Prazeres foi edificada pela Irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pardos Livres. Seus estatutos foram confirmados pelo Imperador Dom Pedro II, em 17 de fevereiro de 1854. Sua última grande reforma aconteceu no período de 1930 a 1938, por iniciativa de Antônio Felismino Filho e Epifânio Giló... 



também retratada por José dos Reis Carvalho em 1859

Os sertões cearenses foram conquistados em função do avanço da pecuária, a partir da segunda metade do século XVII e início do século seguinte. 
O desbravamento do sertão nordestino pelos colonos pecuaristas teria acontecido a partir de duas rotas: a do Sertão de Fora, dominada por pernambucanos, e a do Sertão de Dentro, controlada por baianos, que vinham pelo interior nordestino abrangendo a região que vai do médio São Francisco ao Rio Parnaíba, ocupando o sul da capitania cearense. 
Um dos fenômenos ligado ao avanço da pecuária no Ceará foi a formação de povoados e vilas. 

Um carro de boi para transporte de água para em frente ao Monumento Cruz das Almas (acervo IBGE - data não especificada)



São José do Porto dos Barcos

Aracati teve início com o funcionamento das oficinas do Ceará, que foram responsáveis por possibilitar a competividade da pecuária no Estado.
A grande causa do desenvolvimento do Ceará foi a possibilidade de abate e conservação da carne, através do charque (é preparado de modo parecido ao da carne seca, a diferença está na maior quantidade de sal).
Em 1740, o pequeno arraial de São José dos Barcos foi elevado à categoria de Vila com o nome de Santa Cruz do Aracati. Nesta época já existiam oficiais em Aracati.
De pouca em pouco o povoado São José do Porto dos Barcos foi crescendo. Ergueram-se uma capela em 1714.
Em 10 de fevereiro de 1748, foi inaugurada a Vila e também no mesmo ano foi erguido um pelourinho e empossada a Câmara.
Aracati foi considerada a vila mais populosa, chegando a ser mais bonita que a capital.
Em 1829, foi apresentada na Assembléia Geral do Ceará uma proposta que queria transferir a sede do governo da capitania para a Vila de Aracati, mas foi rejeitada.
Em 1842, a Vila foi elevada a condição de cidade.


Santa Cruz do Aracati - Porto dos Barcos


Rua de Aracati em data não especificada (acervo IBGE)
 
No início do século XVII, o capitão-mor Pero Coelho de Souza partiu da Paraíba para desalojar os franceses, estabelecidos no Maranhão. A expedição dividiu-se em dois grupos: enquanto um seguia diretamente para o rio Jaguaribe, o outro, sob a chefia do capitão-mor, atingia o mesmo ponto, por terra. 
Os indígenas da região, no entanto, estavam em hostilidades, o que obrigou o chefe da expedição a demorar-se ali, com o objetivo de pacificar o território; 
para isso, mandou  erguer um fortim, a que deu o nome de São Lourenço, por ser este o santo do dia - 10 de agosto de 1603. Tratando-se de local seguro para as embarcações, esse ponto veio a ser chamado São José do Porto dos Barcos sucessivamente, Cruz das Almas e Santa Cruz do Aracati.
 
Mais tarde, com a expulsão dos holandeses do Recife, colonos portugueses, pernambucanos e paraibanos instalaram-se na várzea do rio Jaguaribe. Com esse afluxo de imigrantes, começou a desenvolver-se o lugarejo, constituindo-se, de pronto, em centro de interesse comercial.  




Praça José de Alencar - 1911

Apesar do progresso já alcançado pela cidade, a população preservava muitos hábitos que remetiam a costumes próprios da pequena vila. É o que lembra Raimundo Girão:

 Antiga Praça Marquês de Herval em 1911, hoje Praça José de Alencar. No começo do século havia imensos jardins e, no centro da praça, um grande coreto. Ao fundo vemos a Igreja do Patrocínio

“Às tardes frescas no lado da sombra, ou às primeiras horas da noite, as célebres rodas de calçada, genuinamente nordestinas, para animadas palestras ou partidas de gamão, sadias, cordiais, enchiam os passeios ou calçadas com um sem número de cadeiras. Mas, de ordinário, não resistiam ao toque de corneta das nove horas, vindo do quartel da polícia, na Praça do Patrocínio (Praça José de Alencar), como aviso convencional para o recolhimento ao leito ou à voa rede e, segundo a pilhéria, para a sida triunfal dos percevejos”. 

No âmbito político, o Ceará continuava sob comando do velho oligarca Antônio Pinto Nogueira Acióli. Segundo Sebastião Rogério Ponte, "durante todo o período de vigência da oligarquia aciolina (1896-1912), a intendência da capital ficou a cargo do coronel Guilherme Rocha, considerado pela historiografia cearense um dos administradores municipais que mais fizeram pelo embelezamento e melhoramento da cidade: 'o aformoseamento fortalezense havia encontrado no intendente Guilherme César da Rocha o mentor persistente durante 20 anos (...). Homem de fino trato integrado na vida social elegante, procurava transformar velhos hábitos por via da modificação física do ambiente urbano". 





Praça do Ferreira em 1914

A iluminação pública fora ampliada para outras ruas da cidade, mas continuava a mesma da época de sua inauguração, isto é, a gás carbônico. Mas nas residências, já em 1913, o gás começava a ser substituído por eletricidade que, posteriormente, também era adotada no sistema de iluminação pública.

Movimento numa das esquinas da Praça do Ferreira em 1914

A Praça do Ferreira se consolida como principal polo econômico, cultural e político no centro de Fortaleza. Era o denominado “coração da cidade”. Na definição do professor José Borzacchiello da Silva, “o Centro não só espelhava Fortaleza em sua Magnitude, ele era a cidade, depositário único de perfis e imagens que construíram e reforçaram a ideia de centralidade”.

Movimento na esquina das ruas Guilherme Rocha com Major Facundo, na Praça do Ferreira em 1912, onde vemos em destaque o Café do Comércio


“Polo funcional da cidade, suas principais atividades pautavam-se na administração pública, nas atividades políticas e financeiras e de entretenimento. Com um movimento extraordinário, o Centro expressava sua capacidade de excepcional praça comercial, gerador e prestador de serviços de lazer e animação. Cinemas, templos, palácios e praças sempre apinhadas de gente como a do Ferreira com seus famosos cafés”. 
 

Praça Caio Prado

Fortaleza continuou a desenvolver-se econômica e politicamente, ao contrário do resto do estado. Ocorre nas primeiras décadas do século XX um afluxo de imigrantes, embora pequeno em relação ao de outras regiões, consistindo principalmente de portugueses e sírio-libaneses. Os descendentes destes, em particular, ganharam grande destaque no comércio, como mascates, e, futuramente, na política cearenses.

Em 1913, por iniciativa da Associação dos Jornalistas Cearenses, foi inaugurada na praça Caio Prado (Praça da Sé) uma estátua de D. Pedro II. O monumento, fundido em bronze em Paris, por H. Gonot, foi uma criação do artista Auguste Maillard. A Praça é provavelmente a mais antiga da cidade e está localizada em frente à Catedral Motropolitana, entre as ruas Castro e Silva e Doutor João Moreira.

 Antiga Praça do Conselho, passou a chamar-se Praça do Largo da Matriz em 1854. Em 1861, o novo nome seria Praça da Sé. A denominação durou por todo o Império. Em 1889 o nome passou a ser Praça Caio Prado. (Foto de 1915)

O sistema de transporte urbano – o bonde elétrico – foi posto em uso em 11 de dezembro de 1913, sendo que os velhos bondes, de tração animal, continuariam a frequentar a paisagem da cidade durante mais alguns anos. Os primeiros automóveis circularam na cidade em 1910 e a Praça do Ferreira era ponto de estacionamento de bondes e de carros de aluguel, concentrando intenso movimento. É a época da fundação do Centro Médico (1913), e da Faculdade de Farmácia e Odontologia (1916). É também nesse período que surge a Escola de Agronomia (1918) e o Colégio Militar do Ceará (1919).

Na observação de Sebastião Rogério Ponte, “a multiplicação de bondes (eletrificados em 1913) e de automóveis (a partir de 1910) requereu maior extensão do serviço de calçamento, redimensionamento de praças e novo comportamento no trânsito de pedestres. Como em outras cidades brasileiras, exigia-se que os passageiros estivessem vestidos com decência: paletó, gravata e sapatos. Segundo depoimentos de pessoas que viveram na cidade a partir do século XX, grande parte da população, excetuando os muito pobres, usava cotidianamente paletó (alguns de camisa inglesa ou linho e muitos de tecidos mais rústicos), o que é verificável através das fotografias da época”. 

Praça do Ferreira em 1920

A Praça

A Praça do Ferreira é a mais conhecida e frequentada da cidade, sendo considerada por muitos como o coração de Fortaleza. A praça também foi palco de importantes episódios da história da cidade. Por mais de um século, seus bares, cinemas, os antigos cafés ou seus bancos foram ponto de encontro do povo cearense. Por ela passaram os mais ilustres personagens da história de Fortaleza, como Quintino Cunha, o próprio Boticário Ferreira, os membros da Padaria Espiritual, entre muitos outros.

Praça do Ferreira em 1920, onde podemos ver, ao fundo, o prédio do Cine Majestic 

A Praça do Ferreira é rodeada ainda hoje, por várias construções que marcaram época em Fortaleza, como o Palacete Ceará, a Farmácia Oswaldo Cruz, a lanchonete Leão do Sul, o Cine São Luiz, o Edifício Sudamérica, e os hotéis Savanah e Excelsior Hotel (primeiro grande hotel de Fortaleza, construído onde ficava o famoso Café Riche).

Até meados do século XIX, a Praça do Ferreira era só um areial. Um areial com um cacimbão no centro, algumas mongubeiras, pés de castanhola. Nos cantos do terreno, marcos de pedra para amarrar jumentos dos cargueiros ambulantes que vinham do interior. Nesse tempo, o areial era chamado de "Feira Nova" por abrigar uma feira movimentada. 

Lado noroeste da Praça, onde vemos a esquina da Rua Guilherme Rocha com Major Facundo. O sobrado de cor amarelado situado na esquina, foi a primeira construção de três pavimentos de Fortaleza, ficando onde hoje se encontra o Excelsior Hotel. (Foto de 1925)  

Em 1842, a Praça, então denominada de Dom Pedro II, foi construída por Antônio Rodrigues Ferreira (Boticário Ferreira), então presidente da Câmara. Ele instalou uma botica na Rua da Palma, hoje Rua Major Facundo. Sua botica, conhecida "Botica do Ferreira", ficou bastante conhecida, chegando a ser ponto de referencia e ponto de encontro na praça. O Ferreira e sua botica tornaram-se tão célebres, que por volta de 1871, a praça passou a ser chamada de "Praça do Ferreira".

Em 1886, quando a praça ainda era um areial com um cacimbão no meio, foi construído o primeiro café-quiosque da praça: Café Java. Depois chegara os outros três: Iracema, Café do Comércio e Café Elegante - um em cada canto da Praça. Um quinto quiosque servia de posto de fiscalização da companhia de luz.

No centro do passeio foi colocado um catavento sobre a cacimba gradeada, com uma imensa caixa d’água pintada de roxo. O centro onde ficava o jardim era cercado por grades de ferro. Havia 4 fileiras de bancos de taliscas verdes. 

 Praça do Ferreira em registro de 1930, com visão para o Palacete Ceará, que resiste até os dias de hoje 

Em 1902, o intendente Guilherme Rocha mandou fechar o cacimbão e em seu lugar, fez um jardim, o "Jardim 7 de Setembro". Em 1920 o prefeito Godofredo Maciel ladrilhou o areial, demoliu os quatro cafés, e derrubou o famoso "Cajueiro da Potoca" - onde se fazia anualmente a eleição do maior mentiroso de Fortaleza. O mesmo Godofredo Maciel, em 1925 construiu um coreto no centro da praça.


 


Os intensos anos 20

A Fortaleza dos anos 20 progredia a passos largos. De acordo com censo de 1920, sua população é de 78.000 habitantes. As ruas ainda eram iluminadas com gás carbônico, mas as casas já tinham energia elétrica. Desde 1913, o transporte na cidade era feito por bondes elétricos, que substituíram os bondes puxados a burros. O serviço era administrado por uma empresa canadense. Em 1926 começou a ser instalada a água encanada.

Foto dos anos 20, na qual o observador, situado num canto da Praça do Ferreira, está olhando para a Rua Guilherme Rocha no sentido da Praça José de Alencar  


As indústrias floresciam. Fábrica de tecidos progresso, Fábrica Siqueira Gurgel de óleo e sabão, cigarros, calçados, curtumes, bebidas. Mas a cidade já demandava um porto de maior envergadura para carga e descarga de mercadorias.

No comentário de Raimundo Girão, “as obras federais, contratadas com o objetivo de resolver o problema das secas, em 1920, atraíram para Fortaleza um clima de novidades, de feição algo pinturesca. Viu-se, duma hora para outra, a gente prata-de-casa em mistura com dolicocéfalos louros e pretos barbadianos, americanos, ingleses que, arrotando fama de técnicos, vinham fracassar nos serviços de construção do porto do Mucuripe”. 

O comércio se desenvolvia bem mais que a indústria. Só o algodão, durante a safra, movimentava uma imensidão de comboieiros, freteiros, lojistas e donos de mercadorias que fervilhavam pelas ruas da cidade. As trocas comerciais eram sempre feitas com as cidades do interior. Além de Aracati, Icó e Sobral, agora se destacavam as cidades de Baturité, Quixadá e Juazeiro do Norte. Os caixeiros (como eram chamados os funcionários do comércio da época) tinham uma organização sólida e poderosa chamada Fênix Caixeiral.  

 Cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e Guilherme Rocha, com a Praça do Ferreira e o Palacete Ceará ao fundo. (Registro de 1925 clolorizado à mão) 

Os governantes e a elite local continuavam com a mesma mentalidade artificialmente afrancesada. Começava que muitas casas comerciais eram administradas por estrangeiros franceses como a famosa casa Boris Frères, filial da casa francesa de mesmo nome. Tinha também Benoit Levy & Dreyfuss, Levy Fréres, Reishofer Frère, Clement Levy e Felix Liabastres, todas eram casas de comércio de propriedade de franceses. Até as reformas na cidade e os prédios públicos ainda inspiravam-se nos franceses. O Mercado de Ferro, tido como o mais belo e confortável da América do sul, foi projetado e construído na França.

A Praça do Ferreira estava sendo reformada, ganharia uma nova iluminação à luz elétrica. A Praça Marquês do Herval (atual José de Alencar), toda ajardinada e enfeitada com colunas de mármore vindas de Portugal, mas ao gosto francês, era passeio obrigatório para grande número de famílias e as suas crianças. 

 Rua Major Facundo em 1928, com ângulo de visão na direção do Passeio Público 

É nesse período que Fortaleza começa a se expandir rumo ao leste, para a Aldeota e para o Meireles. Na Aldeota começam a surgir residências grandes, modernas e em lotes maiores que abrigavam as famílias mais abastadas. No início, a Aldeota acompanhava a Avenida Santos Dumont e estendia-se até onde hoje fica a Avenida Barão de Studart - ponto onde final da linha do bonde. No Meireles é que seriam erguidas mais tarde as sedes dos clubes sociais da alta sociedade, como o Náutico, o Clube Ideal, Clube dos Diários, entre outros.

Agora, disponibilizamos um vídeo realmente raro, retratando cenas da Fortaleza dos anos 20. É possível que a fita original fosse bem mais longa e apresentasse várias outras cenas urbanas de época. Além disso, na tentativa de recuperar o material já bastante danificado, o filme teve ainda vários metros perdidos definitivamente, durante o processo de cópia na velocidade adequada para receber gravação sonora. É obvio que a qualidade deixa muito a desejar, mas vale a pena conferir.